Sobre o Centro
O Centro Xingó de Convivência com o Semiárido foi constituído a partir da negociação entre a Companhia Hidro elétrica do São Francisco (Chesf) e o governo do estado de Alagoas, visando a cessão de uso das instalações do antigo Instituo Xingó, no município de Piranhas. Com esse acordo, coube à Secretaria de Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (SEAGRI/AL) a incumbência de revitalizar as ações do Centro.
A Secretaria atribuiu então ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) a gestão técnica e operacional do Centro, por meio do Protocolo de Intenções 001/2013, cabendo ao instituto a responsabilidade de coordenar as ações técnicas e administrativas do local.
Considerando o amplo contexto e os grandes desafios para a efetivação do Centro como referência no tema de convivência com o semiárido, foi criado um comitê gestor deliberativo que pudesse viabilizar a participação dos parceiros apoiadores iniciais, como a Agência Espanhola de Cooperação para o Desenvolvimento (AECID), por intermédio do Fundo de Cooperação para Água e Saneamento (DFCAS), e de novos parceiros fundamentais para essa efetivação.
Nesse sentido, incorporaram-se aos desafios do Centro Xingó, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Ministério do Meio Ambiente (MMA), A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), além de outras instituições que apoiam o seu desenvolvimento em outros espaços, como a comunidade acadêmica e beneficiária.
O objetivo principal do Centro Xingó é contribuir para a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida das famílias em situação de vulnerabilidade social no estado de Alagoas e em todo o semiárido brasileiro, além de conduzir ações para aperfeiçoar os conhecimentos integrados sobre a região, seus desafios e oportunidades.
O Centro possui uma área total de 70 hectares, com estruturas físicas e atividades de pesquisa, extensão e suporte a programas de apoio ao produtor. Dentre as atividades produtivas do Centro, destacam-se ações de promoção da ovinocaprinocultura, avicultura caipira, apicultura, cultura de espécies forrageiras e biofábrica para produção de sementes e mudas. Também foram desenvolvidas unidades demonstrativas de cisternas para captação de água de chuva, bioconstrução e outras tecnologias sociais visando proporcionar melhores condições de convivência com a região semiárida.
Pretende-se que o Centro Xingó de Convivência com o Semiárido seja um importante gerador de conhecimentos, métodos e procedimentos aplicáveis À produção local, adequadas ao semiárido nordestino, além de difundir práticas e tecnologias de baixa complexidade e alta replicabilidade em prol da convivência com o semiárido brasileiro e de outras regiões semelhantes no exterior.